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ENTREVISTA COM O SECRETÁRIO DE AGRICULTURA DE MIRACEMA, AVELINO ROCHA

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Semanalmente, às sextas-feiras, teremos uma entrevista com um integrante de determinado setor da atual gestão para tratarmos de assuntos relacionados à área. Nesta semana, entrevistamos Avelino Rocha, secretário responsável pela Secretaria de Agricultura do município de Miracema.

1. Qual é a função da Secretaria Municipal de Agricultura?
A função da Secretaria Municipal de Agricultura é dar apoio aos produtores, desde acesso às estradas, que é o atendimento coletivo; ao atendimento de porteira pra dentro, que é o atendimento particular, geralmente ligado ao atendimento de trator, preparo de solo, plantio, abertura de poços e outras questões emergenciais. Assim, a secretaria está presente desde o preparo do solo até a colheita, em que, se necessário, disponibilizamos o transporte para fazer o deslocamento do produto ao ponto de entrega.
2.  Recentemente tivemos o retorno da Feira de Agricultura. Como você enxerga essa volta?
Muitas pessoas estão participando. Posterior ao ápice da pandemia, em que tivemos de parar de fato a feira, ocorreram muitos transtornos, principalmente aos pequenos produtores que vivem da plantação. Com a retomada gradual do evento, a procura vem aumentando. Nossa secretaria disponibiliza as barracas e o produtor oferta os produtos. Além disso, procuramos sempre priorizar, por exemplo, o produtor que entrega a merenda escolar e que também participa da feira, dando o suporte de atendimento de trator, retroescavadeira, etc., para dar mais condições a ele.
3. Sabemos que nesse início de ano, devido às chuvas, muitas estradas que não possuem asfalto, principalmente das zonas rurais do município, foram bastante danificadas. O que o setor de agricultura tem feito para contornar essa situação?
Realmente choveu muito, praticamente o mês de dezembro todo. A secretaria fez um levantamento dos setores mais críticos, que estavam praticamente intransitáveis, estamos fazendo essa manutenção corretiva nesses pontos para dar o máximo de acesso possível. Hoje o nosso foco não é patrolar as estradas por inteiro, mas sim atingir os pontos mais críticos, levando materiais e, se possível, fazendo bueiros em alguns pontos e a manutenção em pontes.
4. Também devido às chuvas, quais as estradas que foram mais danificadas nesse período?
As regiões mais afetadas foram a parte alta em Flores, Tirol, Bananal, Santa Cruz e Serra Velha, pois foram os locais que mais tiveram quedas de barreiras, e mais trechos para desobstruir. Além disso, tivemos também problema na Aldeia, próximo a Duas Barras/Pádua, onde houve um local baixo que teve um volume elevado de água, chegando a atingir 1 metro acima do leito da estrada, ocasionando muitos danos. As demais localidades também tiveram algumas quedas de barreiras e árvores, mas menos que as citadas. Numa visão geral, a chuva causou danos em praticamente 80% das estradas vicinais, aproximadamente 400 quilômetros, porque foi muita chuva em um período curto. Por ora, nosso foco é seguir o critério de atendimento aos pontos mais críticos, para depois ir para os menos atingidos.
5. Vocês devem ter muitas demandas de produtores que necessitam da revitalização dessas estradas o mais rápido possível. Como é feita essa distribuição?
Geralmente, quando estamos em dias de chuva, nossa equipe faz uma ronda nas estradas, assim como recebemos via telefone, ou o produtor vai à secretaria, para saber o ocorrido nos locais. Recebemos, por exemplo, localidades intransitáveis e interditadas, e também locais que estão com problemas de buracos, mas que mesmo assim são transitáveis. Com isso, priorizamos os atendimentos aos pontos mais críticos, visto que geralmente o problema não é somente naquele local, mas na região toda; por exemplo, no Tirol, durante esse período chuvoso, tivemos 20 barreiras para remover. Nosso objetivo é promover aos que residem na zona rural, assim como aos produtores, o acesso aos seus locais, pois nosso carro-chefe é a produção leiteira, então o caminhão de leite deve ter condição de ir até o ponto de coleta.
6. Vemos que diversas obras nas zonas rurais vêm sendo feitas para atender às necessidades da população. Você poderia listar e comentar acerca de algumas delas?
Atualmente, estamos atendendo a região da Serra Velha, fazendo bueiros – cerca de 5 ou 6 pontos nessa localidade, porque o volume de água é muito grande e apenas as vazantes não conseguem escoar a água da estrada. Além disso, aplicamos material nas estradas do Pernambuco; nas estradas da Dona Tina tivemos que tirar barreiras e fazer aplicação de material.
7. Como está o andamento das obras nas estradas vicinais dos distritos de Miracema?
O cronograma de fazer manutenção nas estradas começa a partir do período de estiagem, antes desse período seguimos fazendo correções. No momento, ainda não estamos no cronograma de patrolamento por inteiro, assim, de acordo com os danos causados, vamos realizando manutenções nos pontos, como Duas Barras, Barreiro, Serra Nova, Serra Velha e Tirol, que são os locais com piores condições de estrada.
8. De que forma o setor vem atendendo às demandas dos agricultores da região?
Hoje temos um cadastro do produtor, para que quando ele necessite de algum apoio de porteira pra dentro, como maquinário, ele deve procurar a secretaria, pois lá será cadastrado em uma listagem. O atendimento é feito por ordem cronológica e por condição social; buscamos priorizar o pequeno produtor, que é aquele que tem cadastro no DAPE (emitido pela EMATER) para que ele tenha condição de oferecer alimentos para a merenda escolar, por exemplo, e ao ter essa certificação ele entra na ordem de prioridades do setor.
9. Nas redes sociais vimos que a Secretária de Agricultura estava dando apoio à Secretaria de Obras na pavimentação de algumas ruas de Miracema. Como anda esse projeto?
O projeto é uma parceria entre as secretarias, a pedido do prefeito. A Secretaria de Obras não tem as máquinas que a Secretaria de Agricultura tem, então quando eles conseguem a massa sódica, fazemos a parceria de estar executando esse serviço. A Secretaria de Obras faz a definição das ruas e, após isso, nosso setor oferece o apoio para execução. Esse período chuvoso impossibilita a aplicação dessa massa, pois ela é uma massa fria e não possui aderência quando está chovendo. Assim, de acordo com as possibilidades, ao longo do ano vamos executando essas obras.
10.  De que forma o setor faz a valorização da agricultura familiar de nossa região?
Sempre priorizamos o agricultor familiar. Buscamos fazer com que ele seja fornecedor de merenda escolar e, além disso, oferecemos serviços de melhoramento genético; selo de inspeção municipal, que agrega valor ao produto; temos parceria com instituições para tentar trazer condições melhores para os produtores, como um trabalho que temos com a rural de Campos, em que estão sendo feitas testagens com 10 variedades de campo para ver qual será mais adaptada em nossa região, visando ofertá-los aos produtores e a possibilidade de dar mais condições no período de seca, pois todo ano passam por dificuldades e nós buscamos dar o apoio, como caminhão indo a Campos buscar cana (ou aqui no município mesmo). Então, além de fazer o atendimento com maquinário, também trabalhamos com essa linha de pesquisa.
11. O que a secretaria tem feito para reconhecer os agricultores e pecuaristas de nossa região?
Procuramos fazer visitas aos produtores para ver realmente aquele que se dedica à plantação, procurando priorizá-los, assim como mantê-los no campo, pois muitos desses produtores precisam do apoio para continuar, visto que a dificuldade é enorme. Além disso, trabalhamos em parceria com diversas associações rurais no município, em que nos reunimos através do Conselho Municipal e dali procuramos estar trabalhando sempre em parceria com comandas para definirmos as ações e priorizar quem realmente se encontra no campo.
12. Grande parte dos alimentos escolares provém dos agricultores de nossa região. Como você enxerga essa conquista?
Isso é muito importante! Isso entrega a possibilidade de o pequeno produtor manter uma renda fixa durante o ano e com um preço fixo, pois o problema do cultivo é as vezes você plantar e o custo ficar maior do que está sendo ofertado depois. Com a merenda, como é tabelado, isso não ocorre, então é garantido ao produtor uma renda ao longo do ano, com condições de continuar o plantio.
13. Quais são os propósitos da Secretaria Municipal de Agricultura para este ano?
Nosso objetivo principal é dar apoio aos produtores da merenda, pois muitos deles irão plantar tomates, por exemplo, e necessitam preparar o solo agora para que o tomate possa florescer no período do frio, possibilitando a colheita. Caso isso não seja feito por agora, ele não conseguirá plantar. Ademais, atender aos produtores que irão se preparar para fazer o plantio, visando amenizar os problemas durante a seca. Por fim, atender os pontos de estradas para dar as condições possíveis para que, já em meados do ano, possamos estar fazendo o patrolamento do maior número possível delas, com o objetivo de amenizar os problemas advindos das chuvas ao longo dos anos.
14.   Para finalizar, que mensagem você deixaria para os agricultores, os pecuaristas e o homem do campo de nossa cidade?
Nós, da Secretária de Agricultura, estamos todos os dias pensando sempre no melhor para todos, principalmente para quem está distante do município. O momento é de esperança, pois vejo o prefeito trabalhando muito para dar uma melhor condição possível aos munícipes, como a manutenção das máquinas, que não é barato, e a busca de recursos. Podem sempre contar conosco, pois mesmo o trabalho sendo árduo e as dificuldades imensas, saibam que o apoio nunca faltará, independente da situação, é só entrar em contato que faremos o possível. Confie no nosso trabalho e trabalhe junto, pois só assim conseguiremos o melhor para nossa cidade.

Fonte: ASCOM Miracema


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