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Comissão do Supera RJ: programa de auxílio já disponibilizou R$ 580 milhões

O programa Supera RJ já disponibilizou R$ 580 milhões desde sua implementação, entre auxílios e créditos. O balanço foi apresentado por representantes da Secretaria de Estado da Casa Civil e da Agência Estadual de Fomento (AgeRio) na primeira audiência da Comissão Especial de Acompanhamento do Programa Supera RJ, estabelecida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), realizada nesta quinta-feira (24). Até o mês de março, R$ 280 milhões foram entregues como forma de auxílio e R$ 300 milhões como crédito a pequenos e microempreendedores.
Presidente da comissão, o deputado Bruno Dauaire (PSC) reconheceu a complexidade operacional do programa, mas acredita que ele pode ter maior alcance. Ele esclareceu que o colegiado terá uma atuação propositiva, levantando estudos e dados importantes para aprimorar o Supera RJ.
“Ainda estamos aquém quanto à busca ativa. Há pessoas abaixo da linha da pobreza, com dificuldade de acesso. Sentimos falta de mais publicidade, principalmente nas regiões mais distantes da capital”, afirmou.
Vice-presidente da comissão, a deputada Renata Souza (PSOL) ressaltou a importância do programa, mas apontou entraves.
“O Supera RJ é o maior programa de transferência de renda que se tem conhecimento na história do estado. Encontramos gargalos preocupantes nas prefeituras. Há uma desproporção entre pessoas na miserabilidade e o número dos que de fato recebem o auxílio. Muitas prefeituras recebem apenas o nome das pessoas beneficiadas, mas não recebem endereço ou outras informações. São dificuldades reais que a população está tendo”, declarou.
Coordenadora do programa na Secretaria da Casa Civil, Carolina Chaves esclareceu que, com a criação do programa de benefício social do Governo federal, o Auxílio Brasil, teve redução do número de inscritos. Isso porque não é permitido acumular os dois benefícios.
Hoje há 60 mil beneficiários ativos no Supera RJ, porém 268 mil pessoas já foram atendidas. Carolina apontou como principal dificuldade do sistema a desatualização do CadÚnico (base de dados do Governo federal para programas sociais).
“A base do CadÚnico chega para nós ‘poluída’. Identificamos que 40% dos cadastros tinham algum problema, como telefone desatualizado. Não temos uma base de dados própria, recebemos dos municípios e do Governo federal e fazemos o cruzamento”, contou.

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