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Confirmado caso de influenza aviária em ave silvestre no litoral norte do Rio de Janeiro

Secretarias de Estado de Agricultura e de Saúde do RJ intensificaram ações de vigilância desde o surgimento de casos no Espírito Santo, na sexta-feira (19). Não há confirmação de casos da H5N1 em humanos
As secretarias de Estado de Saúde e de Agricultura do Rio de Janeiro confirmaram  um caso de ave silvestre com o vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1). A ave é da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando) e vinha sendo monitorada desde sexta-feira (19), quando foi encontrada em São João da Barra, litoral Norte do Rio de Janeiro.
Após a confirmação de casos no estado do Espírito Santo, pelo Ministério da Agricultura, as autoridades estaduais emitiram nota técnica aos 92 municípios fluminenses para orientar sobre o manejo adequado de aves silvestres, por profissionais habilitados e com uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). Não há confirmações do vírus H5N1 em humanos, mas as secretarias vão seguir monitorando.
O caso de São João da Barra está sendo acompanhado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) de Campos, com apoio técnico do CIEVS da SES-RJ. A Secretaria de Estado de Saúde informa que as equipes coletaram amostras de 12 pessoas que tiveram contato com a ave. As coletas foram levadas  ao LACEN RJ – Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels do Rio de Janeiro neste domingo (21.05). E serão encaminhadas amanhã, segunda-feira (22.05), à Fiocruz, onde fica o laboratório referência para o caso.
É importante lembrar que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária podem se dar por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas). De acordo com técnicos de Vigilância em Saúde da SES-RJ, não há motivos para preocupação com uma epidemia neste momento, pois não há sustentação científica de transmissão direta, de pessoa para pessoa.
A SES-RJ orienta ainda que, nas unidades de saúde, os profissionais suspeitem de casos de síndrome gripal em pacientes que tiveram contato com esses animais, tanto em triagem quanto em atendimento médico. Nesses casos, a coleta de amostras é recomendada independentemente do dia de início dos sintomas, incluindo os casos em unidade de terapia intensiva (UTI). O diagnóstico por RT-PCR é considerado o método padrão-ouro e deve sempre ser preconizado para obtenção dos resultados laboratoriais.
Outros casos de aves silvestres infectadas no Brasil
No Brasil, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) relatou a primeira detecção de influenza aviária no país no último dia 15 de maio. São duas aves trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus), uma no município de Marataízes e outra no município de Vitória, ambas  no litoral do Estado do Espírito Santo. Em 16 de maio, o MAPA relatou a identificação de uma terceira ave afetada, um atobá-pardo (Sula leucogaster) também no estado do Espírito Santo.
Além desses,  o estado de Espírito Santo contabilizou mais um caso confirmado em ave silvestre, agora da espécie Thalasseus Maximus (nome popular trinta-réis-real). O Ministério da Saúde informou neste domingo que, apesar de 33 pessoas no Espírito Santo terem tido contato com a ave infectada, nenhuma testou positivo para H5N1.